Em 2024, juízes e desembargadores de tribunais estaduais, federais, eleitorais, do trabalho e de conselhos ganharam salários brutos mensais acima de R$ 100 mil, pelo menos, 63.816 vezes. Os dados são de contracheques disponíveis no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os montantes foram pagos porque, além dos salários, alguns funcionários do Judiciário recebem indenizações, direitos eventuais e auxílios diversos.
Os chamados penduricalhos, que permitiram que as remunerações mensais chegassem a valores de mais de R$ 1 milhão, em 28 casos.
O Tribunal de Justiça de Rondônia, que é um dos estados mais pobres do país, pagou 27 supersalários acima de R$ 1 milhão em fevereiro de 2024 e um outro acima desse valor em outubro.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina foi outro que teve pagamentos acima de R$ 100 mil, seguido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com remunerações mensais de R$ 118,6 mil em média.
Os dados do CNJ foram baixados no dia 14 de fevereiro de 2025, e podem ter leves variações de acordo com atualizações enviadas pelos próprios tribunais ao longo do tempo. As informações são do Poder360.
O custo do Judiciário pesa nas contas públicas. Em 2023, as despesas somaram o recorde de R$ 132,8 bilhões. As informações fechadas de 2024 ainda não estão disponíveis.