O trânsito no trecho do Portão do Inferno, na MT-251, foi bloqueado duas vezes, nesta sexta-feira (22), por causa de uma chuva intensa que atingiu a região localizada entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Em uma hora, foram registrados mais de 30 milímetros de chuva no trecho.
O primeiro bloqueio foi anunciado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) às 10h, mas a estrada foi liberada cerca de uma hora depois. Por volta de 12h, a estrada foi interditada novamente por causa da volta da chuva, sendo liberada novamente às 14h, após vistoria.
De acordo com o governo, as interrupções seguem o protocolo de segurança estabelecido como forma de prevenir deslizamentos e evitar acidentes. A recomendação é que, em caso de chuva, o trecho seja interditado para fiscalização de segurança.
Rotas alternativas
Durante interdições, a rota alternativa indicada pela Sinfra para os motoristas que desejam transitar entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, é seguir pela BR-163/070 até Campo Verde e depois pelas MTs-140 e 251 até Chapada.
Obras
Em março deste ano, o governo anunciou uma obra de retaludamento – uma espécie de cortes – no paredão do Portão do Inferno. O contrato de R$ 29,5 milhões foi firmado com a empresa Lotufo Engenharia e Construção, que ficou responsável pelo projeto.
A obra começou no fim de agosto e o prazo previsto para entrega da obra era de até 120 dias, no entanto, um ime na Justiça pode atrasar o andamento dos trabalhos na região.
Em outubro, a Justiça pediu que o governo de Mato Grosso explique sobre possíveis irregularidades nas obras da MT-251, que foram apontadas em uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). O MPF e o MPMT apontaram diversas irregularidades no licenciamento ambiental da obra, entre elas estão:
- ausência de motivação para aplicação do licenciamento simplificado;
- indevida classificação de risco das obras de retaludamento;
- nulidade da Autorização para Licenciamento Ambiental;
- ausência de consulta prévia ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) quanto aos eventuais impactos das obras.
Conforme a ação, o objetivo é suspender as obras de retaludamento, alegando riscos ambientais e à segurança pública.