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    Mãe que perdeu os filhos após comerem arroz envenenado é a quarta vítima do crime no PI

    Francisca Maria da Silva, de 32 anos, morreu na madrugada desta terça-feira (7) no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, no litoral do Piauí. Ela é a quarta vítima da família internada após comer arroz envenenado com uma substância tóxica semelhante ao “chumbinho”.

    Ao todo, nove pessoas da mesma família comeram o alimento. Além de Francisca, outras três morreram – dois filhos dela, de um ano e três anos, e o irmão dela, de 18 anos. Uma continua internada: a filha dela de quatro anos, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As outras quatro receberam alta.

    Francisca tinha cinco filhos, e quatro deles morreram por envenenamento. Além dos dois que faleceram após comer o baião de dois (arroz com feijão), outros dois morreram depois de comerem cajus envenenados em agosto de 2024. A suspeita desse outro crime está presa e foi denunciada por duplo homicídio qualificado.

    O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) sobre a comida que foi ingerida pela família revelou que o veneno estava no baião de dois (arroz preparado com feijão) preparado por eles no dia anterior. Com o resultado, a Polícia Civil do Piauí (PI) investiga o caso como homicídio (entenda abaixo).

    Segundo o médico Antônio Nunes, diretor do IML, o veneno foi colocado em grande quantidade no baião de dois. “Estava em todo o arroz, em grânulos visíveis”, comentou o médico.

    Já no peixe que foi doado à família na noite do dia 31, nada foi encontrado. A princípio, suspeitou-se que o peixe estivesse envenenado ou mesmo estragado, mas o exame pericial afastou essa possibilidade, e o casal que o entregou às vítimas não é mais considerado suspeito pela Polícia.

    A substância encontrada foi o veneno “terbufós”, da classe dos organofosforados, utilizado como inseticida e nematicida (pragas de plantas). Ele ataca o sistema nervoso central e a comunicação entre músculos, causando tremores, crises convulsivas, falta de ar e cólicas. Os efeitos aparecem pouco tempo depois da exposição ao veneno, podem deixar sequelas neurológicas e causar a morte.

    A substância é a mesma que foi usada para envenenar, em 2024, dois meninos de 7 e 8 anos da mesma família, filhos de Francisca Maria. Os dois meninos comeram cajus contaminados com a substância que foram dados a eles por uma vizinha. A mulher está presa por duplo homicídio qualificado.

    Agora, a Polícia Civil investiga como o veneno chegou ao baião de dois. “É impossível ter ido parar lá sem intenção de alguém”, comentou o delegado Abimael Silva.

    No dia 31 de dezembro de 2024, noite de Réveillon, a família preparou uma ceia para comemorar a virada: carne, feijão tropeiro e baião de dois. Todos comeram, se divertiram e, de madrugada, alguns foram dormir e outros voltaram para suas casas.

    No dia seguinte, 1º de janeiro, eles retornaram à casa, e havia sobrado parte do baião de dois.

    Pela manhã, um casal que realiza um trabalho social de doação de alimentos ou pela casa e doou para a família parte dos peixes que haviam doado também para outras casas da região.

    A família então fritou os peixes e serviu no almoço do dia 1º, para acompanhar o baião de dois. Poucos minutos depois, começaram a sentir os efeitos do envenenamento.

    Segundo o delegado, o veneno foi colocado no arroz no dia 1° de janeiro, porque a família comeu o mesmo prato, da mesma a, na noite de Réveillon.

    “No dia 31, a família fez o baião de dois e consumiu, mas ninguém ou mal. Só depois do meio dia do dia 1º começaram a sentir os efeitos”, comentou o delegado.
    Com a conclusão dos laudos, os investigadores buscam descobrir quem cometeu o crime: se foi alguém da família ou se outra pessoa entrou na casa sem ser percebido e envenenou o baião de dois.

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