O Instituto Social Jejé de Oyá (ISJO), em Cuiabá, recebeu nesta terça-feira (25) a doação de um espaço físico para funcionar como sede pelos próximos 10 anos. A inauguração ainda não ocorreu, pois o local precisa ar por reformas, segundo o instituto.
O prédio, cedido pelo governo de Mato Grosso, tem mais de 1.300 m² e fica no bairro Cidade Verde, onde já foi sede da Fundação de Promoção Social de Mato Grosso (Prosol) e abrigou uma creche antes. O imóvel que estava abandonado ará por reformas antes da inauguração oficial.
Com a ajuda de voluntários, o instituto já fez a limpeza do local, e chegou a reinstalar redes elétricas e hidráulicas.
Além de pequenos reparos no prédio, o Instituto Jejé de Oyá já recebeu a doação de 30 computadores para o laboratório de informática, onde devem ser realizados cursos profissionalizantes. Dentro do local também será organizado um espaço para o projeto Cozinha Solidária, em parceria com o governo federal.
O instituto também quer preparar um local para o acolhimento de pessoas da comunidade LGBTQUIAP+, em situação de vulnerabilidade. As reformas necessárias para todo o projeto foram orçadas em R$ 500 mil. Para levantar recursos, a organização está realizando campanhas de doação.
Jejé de Oyá
O nome do instituto Jejé de Oyá é uma homenagem ao jornalista José Jacinto Siqueira de Arruda, um cuiabano que defendia a cultura e lutava contra o preconceito. Jejé virou símbolo de resistência, alegria e liberdade carnavalesca.
O Instituto Social Jejé de Oyá (ISJO) nasceu do sonho de seis amigos, membros da comunidade LGBTQIAPN+, que decidiram transformar a própria história de luta em um futuro de oportunidades para todos, inspirados pela garra e pelo legado de um ícone da cultura cuiabana: Jejé de Oyá”.
Fundado em 3 de junho de 2023, o ISJO foi reconhecido como Patrono do Colunismo Social Mato-grossense e condecorado como Comendador do Comércio Mato-grossense.
“Acreditamos que a luta por direitos não pode esperar. Por isso, o ISJO se propõe a combater o preconceito e a discriminação, e construindo um futuro onde a comunidade LGBTQIAPN+ possa viver com dignidade e plenitude, inspirados pelo legado de Jejé de Oyá”, explicou o instituto.
