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    Clones de café desenvolvidos em MT são classificados como bebida fina em avaliação nacional

    Onze clones de café da espécie Coffea canephora, conhecida como Robusta Amazônico, alcançaram notas entre 81 e 82 pontos em uma avaliação sensorial nacional e foram classificados como bebida fina, com potencial para o mercado de cafés especiais. Os testes foram realizados neste final de semana por pesquisadores em áreas experimentais, nos municípios de Tangará da Serra e Sinop, a 242 e 503 km de Cuiabá, respectivamente.

    De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), ao todo, foram avaliados 50 clones de Coffea canephora, sendo dez desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outros 40 selecionados a partir de cruzamentos naturais. Os estudos buscam identificar variedades de café adaptadas ao clima e solo do estado, com alta produtividade e qualidade de bebida, voltadas especialmente para a agricultura familiar.

    A Fapemat disse ainda que, na primeira safra comercial, colhida em 2023, foram analisados três fatores principais: produtividade, ciclo de maturação e qualidade da bebida. O ciclo variou entre 228 e 324 dias, o que permite ao produtor escalonar a colheita ao longo do ano.

    Na análise sensorial, realizada pelo Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes), 11 clones superaram a nota 80, mínimo exigido para o selo de café especial. Entre os destaques estão os clones AS2, AS12, BG180, R152, Clone 25, Clone 01 e BRS2314.

    Outros nove atingiram exatamente 80 pontos e também foram classificados como bebida fina. Vinte e quatro clones ficaram na faixa entre 78 e 79 pontos, enquanto seis apresentaram qualidade sensorial inferior.

    Avanços na produção
    A pesquisa também tem estimulado a transferência de tecnologia para agricultores familiares. Em maio de 2024, um Dia de Campo foi realizado em Sinop e reuniu 193 participantes, entre produtores, técnicos e pesquisadores. No evento, os resultados da primeira safra foram apresentados em estações temáticas.

    Segundo a Empaer, cerca de 20 mil mudas dos clones avaliados foram distribuídas em 2023. Em 2024, outras 10 mil foram produzidas para ampliar o cultivo nos municípios envolvidos no estudo.

    Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que a produtividade média do café em Mato Grosso saltou de 8,2 sacas por hectare, em 2014, para 22,6 sacas por hectare em 2023, o que representa um crescimento de mais de 180%. Parte desse avanço é atribuída ao uso de variedades clonais do robusta amazônico.

    Próximas etapas
    As análises feitas com a safra de 2023 ainda são consideradas preliminares. Segundo a equipe responsável, os resultados serão consolidados a partir dos dados das colheitas de 2024 e 2025. A apresentação oficial está prevista para 2026, durante um novo Dia de Campo.

    A pesquisa faz parte de um projeto financiado pelo edital Agricultura Familiar da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e é conduzida por uma parceria entre a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Extensão e Assistência Técnica (Empaer), a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf) e a Embrapa Rondônia.

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