Por Marcelo Marreta
A cidade de Rondonópolis, conhecida por seu vibrante cenário político, enfrenta um curioso fenômeno que se intensifica dez dias após o término das eleições: a repentina ausência dos candidatos a vereadores, cerca de 309 concorreram e somente 21 foram eleitos, até então, estavam todos presentes nas redes sociais e grupos de WhatsApp, compartilhando vídeos e denunciando adversários entre outras coisas.
Após o fechamento das urnas, esses “atores políticos” que não tiveram sucesso, parecem entrar em uma espécie de “hibernação”, como se o ciclo eleitoral e suas promessas se evaporassem junto com os ecos das campanhas.
Esse comportamento não é exclusivo de Rondonópolis, mas a intensidade com que se manifesta na cidade levanta questões intrigantes sobre a dinâmica política local. O que leva os candidatos a desaparecerem após o pleito? Qual é o verdadeiro impacto dessa hibernação na sociedade e na política rondonopolitana?
Vejamos o que podemos perceber deste fenômeno:
Durante a campanha, o objetivo dos candidatos é o modo de operação, para chamar a atenção do eleitor. No entanto, uma vez que as eleições se encerram, muitos deles acabam deprimidos pelo resultado e sentem que já cumpriram seu papel, e percebemos o contraste entre a intensa atividade eleitoral e o silêncio pós resultado. E tudo volta ao normal no “conto de fadas” em que viveram por 45 dias.
Muitas vezes, a hibernação dos “concorrentes políticos” faz parte de uma estratégia consciente. Eles podem estar aproveitando esse tempo para reorganizar suas bases, planejar estratégias futuras e reavaliar suas abordagens, se reerguerem e se fortalecerem para as próximas eleições, onde deverão voltar a cena em aproximadamente três anos e meio. A sensação de que os candidatos “hibernam” até o próximo pleito pode, portanto, desestimular a participação cidadã.
Diante desse fenômeno, é essencial que a sociedade civil, os estudiosos da política e os próprios candidatos reflitam sobre a dinâmica da política em Rondonópolis. O que pode ser feito para garantir que os candidatos permaneçam visíveis e ativos, mesmo fora do período eleitoral?
Concluindo, a hibernação dos candidatos em Rondonópolis após as eleições é um fenômeno que merece ser estudado e compreendido. A população por sua vez quer ser ouvida como foi durante a campanha e a construção de um ambiente político mais transparente e participativo, onde os cidadãos sintam que suas vozes continuam a ser ouvidas entre os ciclos eleitorais.