Diversos estudos associam a ingestão de cacau à redução de doenças como câncer, transtornos metabólicos e doenças cardiovasculares. Entre eles, uma pesquisa publicada na revista food and Function, aponta que consumir cacau concentrado pode ajudar a minimizar os prejuízos de uma alimentação rica em gordura. Outro, feito na Suécia, relacionou o consumo regular de chocolate a baixos índices de hospitalização por insuficiência cardíaca, e ainda demonstrou que o hábito reduz em 41% o risco de sofrer deterioração cognitiva.
Por essas e outras constatações, especialistas ponderam que a principal matéria-prima do chocolate pode melhorar e muito a qualidade de vida da população idosa: ” o principal composto bioativo do cacau é os flavonoides, que são substâncias antioxidantes com um potencial efeito no organismo, no qual vai combater radicais livres, ajudar a reduzir o envelhecimento precoce, na prevenção de doenças inflamatórias, e a controlar a glicemia”, disse Giselli Prucoli, nutricionista MedSênior.
Outra qualidade dos flavonoides encontrados do cacau é que eles ajudam a melhorar a função cognitiva. E esse é um dos principais motivos do alimento ser considerado um aliado do envelhecimento: ” O consumo ajuda na memória e na concentração. Os flavonoides (encontrados no cacau) têm uma capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, que estimula a formação de novas conexões neurais, o que é fundamental para o bom funcionamento do cérebro”, completa a especialista.
Idosos no Brasil
Segundo o IBGE, a população idosa é a que mais cresce no Brasil. E a tendência é que a proporção ficar ainda maior: até 2040, o Instituto indica que os idosos devem representar quase 25% dos brasileiros com expectativa de vida de 80 anos; e para 2070, espera-se que eles sejam 37% do total. Para se ter uma ideia do que isso significa, ainda segundo o IBGE, os idosos já superam a faixa de 15 a 24 anos.
