O bebê de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, trocou o hospital pelo conforto de casa. Ele recebeu alta médica do Hospital Beneficente Santa Helena, em Cuiabá, no sábado (15), após ar por exames, e está na casa da família da mãe, aos cuidados da avó materna e do pai.
A menina, chamada Liara, nasceu em um parto violento que levou a mãe à morte e ficou no hospital desde que Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, suspeita de roubar a recém-nascida, foi até o hospital, na última quarta-feira (12). A mulher tentou obter um documento para registrar a criança no nome dela e do marido e foi descoberta pelos funcionários da unidade de saúde, que chamou a polícia.
Emilly foi assassinada aos 9 meses de gestação. Ela desapareceu após sair de casa em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, para buscar doações de roupas na casa da suspeita que havia conhecido pela internet, no bairro Jardim Florianópolis, na capital.
Um dia depois do desaparecimento, o corpo da adolescente foi encontrado enterrado no quintal da casa da família de Nataly, em Cuiabá, na quinta-feira (13).
Segundo o médico do Hospital e Maternidade Santa Helena, Marcelo Sandrin, o bebê fez o teste do pezinho nesta segunda-feira (17) e está bem de saúde. O teste de triagem neonatal, ou teste do pezinho, como é mais conhecido, é um exame preventivo que consiste na coleta de algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido para detectar doenças genéticas e metabólicas.
Na última sexta-feira (14), o corpo da jovem foi velado. Familiares e amigos protestaram contra o crime e exibiram cartazes pedindo justiça (Veja vídeo acima).
A tia e madrinha da jovem, Alessandra de Moraes, também destacou a inocência e alegria de Emilly, reforçando o pedido por justiça.
“A Emilly era uma criança, era inocente! Gostava de dançar e trazia felicidade para a família. Isso não pode ficar assim, temos que nos unir. Peço justiça pela morte da minha sobrinha, me ajudem!”, clamou.
Segundo amigos e colegas de classe, Emilly estava no 1º ano do Ensino Médio e havia comparecido à escola na segunda-feira (10) para retirar atividades escolares, já que ficaria afastada durante a licença-maternidade.