O prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), está sendo visto por muitos como um verdadeiro “herói” ao sancionar a lei que autoriza a prefeitura a ajudar a Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) a negociar uma dívida de mais de R$ 187 milhões. O valor, que inclui débitos previdenciários e outros compromissos, poderá ser parcelado em até 120 vezes, ou seja, ao longo de 10 anos.
Com a nova lei, a prefeitura a a ser garantidora desse acordo: caso a Coder não cumpra o pagamento, o valor será descontado diretamente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma das principais fontes de recursos da cidade. Para Cláudio Ferreira, a medida é necessária para salvar a empresa e evitar consequências ainda mais graves para o município, mas ele não esconde a frustração com o “rombo milionário” deixado por gestões anteriores.
“Quebraram a Coder, deram o calote nos trabalhadores e deixaram um rombo milionário para nossa gestão assumir, uma patifaria!”, desabafou o prefeito. “Nossa gestão tem compromisso com a eficiência e com os trabalhadores, é uma vergonha o que foi feito, vamos trabalhar e pagar isso!”, completou.
Apesar de ser visto como alguém que está “salvando o dia”, Cláudio Ferreira lamenta profundamente que todo esse dinheiro, que agora será destinado ao pagamento da dívida, poderia estar sendo investido em áreas essenciais para a população, como saúde, educação, infraestrutura e geração de empregos. Segundo ele, quase R$ 187 milhões poderiam ser usados para construir escolas, reformar hospitais, asfaltar ruas e criar novos projetos para melhorar a vida dos moradores de Rondonópolis.
Ao resolver o problema, o objetivo é que a Coder consiga se reestruturar, voltar a investir e gerar empregos, além de garantir mais segurança para os trabalhadores e para o próprio município. No entanto, até lá, o prefeito terá o desafio de equilibrar as contas e buscar alternativas para que a cidade continue crescendo, mesmo tendo que usar milhões para cobrir o buraco deixado no ado.
