Rondonópolis (MT)– A reunião do Conselho Municipal do Meio Ambiente (CONSEMMA), ocorrida na terça-feira (15), foi marcada por um clima de tensão e surpresas. A pauta, que trouxe à mesa a “Deliberação de Recursos Provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente”, foi proposta de forma inesperada pelo Secretário da Sema e Presidente do Conselho, Fabricio Lima da Paz. O fundo, que acumula quase R$ 5 milhões, é motivo de intensa discussão entre os conselheiros.
A urgência na deliberação dos recursos se deve à necessidade de finalizar obras em parques da região, sendo o Parque da Seriema o mais emblemático, com um custo estimado superior a R$ 3 milhões. No entanto, a proposta gerou descontentamento entre os conselheiros, que expressaram insatisfação ao saber que o projeto original do parque não incluía os adequados, resultando em uma obra inacabada em meio a uma reserva ambiental.
Outro ponto preocupante destacado pelos conselheiros é a proximidade do período chuvoso. O receio é que a pressa em alocar recursos comprometa a qualidade dos projetos, criando um legado de obras inacabadas para a próxima gestão. Após um debate acalorado, a proposta foi rejeitada por maioria e retirada de pauta com a mesma rapidez com que foi inserida.
No entanto, a situação tomou um novo rumo na quarta-feira (16), com a convocação de uma reunião extraordinária marcada para o dia 18 de outubro, às 15 horas, para discutir novamente o mesmo tema. Essa insistência da gestão de Zé do Pátio em liberar quase todos os recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente em uma fase final da istração gerou estranheza e questionamentos entre os conselheiros.
A expectativa para a próxima reunião é alta, com a esperança de que traga mais clareza sobre as intenções da gestão e sobre o futuro dos parques e reservas ambientais da cidade. Enquanto isso, o debate continua, ressaltando a importância de um planejamento cuidadoso e responsável na alocação de recursos destinados ao meio ambiente.