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    Da dor de cabeça à morte cerebral: entenda o caso da grávida mantida viva por aparelhos até bebê nascer em Rondonópolis

    Antes de sofrer um aneurisma e ter morte cerebral declarada, a gestante Joyce Sousa Araújo sentia muitas dores de cabeça. A jovem de 21 anos está sendo mantida viva por aparelhos até o bebê nascer na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

    “Já chegou pra gente com um quadro gravíssimo, teve uma rotura de um aneurisma. Foram realizados todos os procedimentos pra tentar diminuir a pressão intracraniana, que foi o motivo pelo qual ela entrou em coma”, explicou a médica Daniele Marques.
    A médica contou que Joyce ou por cirurgia, mas o quadro de saúde piorou.

    “Infelizmente, ela evoluiu com sinais de herniação cerebral [quando o tecido cerebral é pressionado para fora do lugar devido a pressão intracraniana]”, relatou.

    Mesmo grávida, o procedimento é padrão, de acordo com a médica. Foram feitos dois exames clínicos e um exame de imagem, a arteriografia cerebral que avalia os vasos sanguíneos do cérebro.

    Joyce foi acompanhada o tempo todo por uma neurocirurgiã e pela equipe de terapia intensiva. Apesar dos esforços, a jovem teve morte cerebral decretada.

    “Em dado momento, ela parou de ter os reflexos de tronco cerebral e a gente notificou a possibilidade de morte encefálica e iniciamos os procedimentos conduzidos pela Central Estadual de Transplante”, contou.
    Conforme protocolo do Ministério da Saúde e do Sistema Nacional de Transplantes, a notificação de possível morte encefálica é obrigatória. Se concluir o diagnóstico de morte cerebral, a Central Estadual de Transplantes conduz a manutenção do potencial doador, assim como a captação ou orientações que são pertinentes nesses casos.

    De acordo com assessoria da Santa Casa de Rondonópolis, a central acompanha todos os exames, fornece orientações aos familiares em caso de dúvidas e mantém contato com o Sistema Nacional de Transplante.

    Ao g1, o marido de Joyce, João Matheus Silva, de 23 anos, disse que a família ainda não discutiu a possibilidade de doação.

    Entenda o caso

    No dia 20 de dezembro de 2024, Joyce ou mal em Jaciara, a 148 km da capital. Ela foi para o hospital do município e após desmaiar e o quadro piorar, foi internada.

    Em poucos dias, Joyce foi transferida para Rondonópolis e ou por uma cirurgia. Nos dias seguintes, o cérebro dela começou a inchar, sendo necessário um procedimento médico em que parte do crânio é removido para abrir espaço para o cérebro.

    Apesar dos esforços dos profissionais, Joyce teve a morte cerebral decretada no dia 1° de janeiro. O marido de Joyce contou como está lidando com a situação.

    “A verdade é que eu não consigo acreditar no que está acontecendo. A pior parte é saber que as crianças vão crescer sem mãe”, lamentou.
    Joyce e João estão juntos há seis anos e vieram para Mato Grosso em busca de oportunidades de trabalho, acompanhados das duas filhas, de 3 e 7 anos. João começou a trabalhar como ajudante em uma ferrovia e Joyce trabalhava como vendedora antes da gravidez.

    A família agora busca uma forma de arrecadar dinheiro para enviar o corpo de Joyce para Tocantins, após o nascimento do bebê.

    Em nota, a Santa Casa de Rondonópolis disse que não há previsão para o parto.

    Fonte: G1

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