O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Adriano Roberto Alves, trouxe à tona uma grave denúncia envolvendo a política mato-grossense. Em uma entrevista à Rádio Cultura 90.7 FM nesta quinta-feira (30), Alves revelou que cerca de 22 políticos do estado estão sob investigação por supostas ligações com facções criminosas.
Segundo o promotor, a investigação busca entender se alguns desses parlamentares foram eleitos com o e financeiro do crime organizado nas eleições de 2024. “Nós estamos investigando pessoas que possivelmente foram financiadas por facções criminosas. Está sendo apurado e, se conseguirmos provas, nós vamos entrar com mandado e com recurso na Promotoria Eleitoral”, afirmou Alves, em uma declaração que levanta preocupações sobre a integridade do processo eleitoral.
Educação e transparência nas eleições são fundamentais para a democracia, e a possibilidade de interferência do crime organizado na política suscita questões sérias sobre a segurança e a legitimidade das instituições públicas. As investigações estão concentradas em Cuiabá e em várias cidades do interior do estado, aumentando o espectro da corrupção e da criminalidade nas esferas governamentais.
Alves não revelou os nomes dos políticos envolvidos, mas destacou que a gravidade das acusações requer uma investigação meticulosa. “São 21 ou 22 pessoas, entre Cuiabá e no interior do Estado. Alguns deles foram eleitos”, enfatizou, deixando claro que a apuração será rigorosa e que a Justiça pode agir diante de evidências concretas.