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    Empreendedora que perdeu visão e movimento das pernas cria clínica de massagem em MT: ‘autonomia’

    Após perder a visão e o movimento das pernas em razão da doença neurológica esclerose múltipla –condição autoimune que afeta o sistema nervoso central –, a massoterapeuta Rosa Maria Dias Gonçalves, de 48 anos, decidiu abrir a própria empresa, em Cuiabá, para não se abdicar do trabalho. Hoje, Rosa tem uma clínica de massagem e terapia do corpo, onde 40% dos funcionários são Pessoas Com Deficiência (PCD), assim como ela.

    Ao g1, Rosa disse que antes de resolver formar o próprio negócio, ela era técnica em enfermagem, mas, quando perdeu a visão, resolveu se graduar em direito, já que parar de trabalhar não era uma opção. Depois, acabou perdendo o movimento das pernas e buscou uma solução que, no começo, nem ava pela cabeça: o empreendedorismo.

    “Perdi a visão em 2001, quando ainda era técnica em enfermagem, nisso voltei a estudar e fazer outro curso. Lembro que, na época, fui até o Instituto dos Cegos para aprender a ler e a escrever em braille, fiz aulas de computação. Em 2010, me formei em direito”, contou.

    De acordo com a empreendedora, enquanto fazia a graduação, iniciou um curso de massagem e gostou muito da área. Em seguida, montou uma sala, onde iniciou os primeiros atendimentos de terapia do corpo.

    “Montei uma sala para trabalhar com terapias, massagem e reiki [prática terapêutica para canalizar energia]. Quando montei a sala, convidei alguns amigos para trabalhar comigo e começamos a atender algumas empresas. Tudo através das massagens. É uma sensação de realização e autonomia”, relatou.

    Segundo Rosa, ter um negócio próprio tem suas dificuldades, mas, mesmo assim, os resultados internos superam as expectativas. Ela confirmou que é essencial ter uma boa equipe e uma gestão profissional para que os lucros sejam satisfatórios.

    “Normalmente, conseguimos realizar 280 atendimentos rápidos no quiosque por mês, com a média de 14 atendimentos por dia. Também realizamos atendimentos a domicílio e fechamos parcerias especiais com marcas comemorativas, como Dia das Mães e Dia Internacional da Mulher, o que impulsionou mais ainda o negócio”, disse.

    Rosa disse que ser parte da representatividade e poder ser inclusiva, através do trabalho que faz, é algo que a motiva todos os dias. No entanto, ainda existem muitas barreiras a serem superadas, pois muitas pessoas ainda têm preconceito em serem atendidas por profissionais com alguma deficiência.

    “Independente da deficiência que temos, conseguimos fazer os atendimentos e trabalhar normalmente. As pessoas pensam que é porque somos cegos que não vamos dar conta, sendo que não é assim, bem pelo contrário, somos capazes de tudo. Muitas vezes não é nem o preconceito, é a população que não está preparada para lidar com pessoas deficientes”, ressaltou.

    Muitas pessoas encontram no empreendedorismo a oportunidade de criar, desenvolver e gerenciar novos negócios a fim de poder ter istração total do próprio trabalho e adquirir lucro financeiro através disso. Diante desse cenário, a massoterapeuta contou que começar um negócio nem sempre é fácil e, por isso, é importante se preparar.

    “Para as pessoas que desejam criar o próprio negócio, eu indico que comecem atendendo amigos e parentes, é de extrema importância criar uma rede de apoio para divulgar o trabalho que você queira montar. Sei que empreender não é fácil, mas desistir não é recomendável, já que com o tempo você vê que dá certo”, concluiu.

    Empreendedorismo e novos empregos
    De acordo com estimativas feitas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 95 milhões de brasileiros são beneficiados, de forma direta ou indireta, pela atividade dos pequenos negócios, o que equivale a 47% da população do país.

    O cálculo foi realizado levando em conta parâmetros como o total de pequenos negócios com registro ativo, o número de brasileiros cuja única fonte de renda é a atividade empreendedora e o tamanho médio de suas famílias, além dos empregados desses empreendimentos e o tamanho médio de suas respectivas famílias.

    Segundo a Receita Federal, em Mato Grosso, entre 2019 e 2023, a quantidade de empresas abertas foi de aproximadamente 13% ao ano. Já no contexto nacional, o crescimento de empresas abertas foi de aproximadamente 10% ao ano. Até o momento, mais de 24 mil pequenas e micro empresas já foram abertas em 2024. No estado há 412,6 mil empresas ativas, segundo o Painél de Mapa de Empresas, do Governo Federal.

    Mato Grosso registrou o segundo melhor desempenho do país na geração de empregos em 2023, acumulando 620.164 contratações, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

    Um relatório do Caged revelou que, de janeiro a março de 2024, o saldo de pessoas contratadas foi de 15,7 mil. No Brasil, a quantidade de pessoas contratadas foi de 429, 7 mil.

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