O casal de empresários Márcio Júnior Alves do Nascimento e Eliza Severino Da Silva, responsáveis pela empresa Imagem Serviços de Eventos, investigada por aplicar golpes em festas de formatura no estado, se entregaram nesta quarta-feira (21) após prisão preventiva ter sido decretada pela justiça após investigação da Policia Civil. O casal estava foragido desde o início desta semana.
De acordo com a Polícia Civil, Márcio se entregou na Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) em Cuiabá, e Eliza na delegacia de Maringá (PR).
A polícia estima que Márcio e Eliza fizeram mais de mil vítimas e causaram um prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos estudantes. Nesta terça-feira (20), os empresários foram alvos de uma operação da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá.
Cerca de 250 boletins de ocorrência foram registrados contra a empresa. Em alguns deles, há relatos de mais de uma vítima, com casos que reúnem até 20 estudantes em um único boletim.
O g1 entrou em contato com a defesa dos investigados, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Em depoimento à polícia, eles alegaram dificuldades financeiras para o encerramento repentino das atividades das empresas.
Os empresários foram encaminhados à audiência de custódia, e devem permanecer presos em unidades prisionais de Maringá e da região metropolitana de Cuiabá, à disposição da Justiça.
Plano de golpe
Ainda de acordo com o delegado Rogério da Silva Ferreira, os empresários teriam planejado o golpe com antecedência, pois já sabia que a empresa seria fechada, mas precisava arrecadar dinheiro para deixar o estado. Um dia antes do encerramento das atividades, chegaram a fechar contratos, mesmo cientes de que a empresa estava prestes a encerrar as operações.
“As investigações apontam que, uma vez cientes que as empresas seriam fechadas no começo de 2025, eles planejaram com antecedência e esse planejamento visou obter um maior valor possível em prejuízo das vítimas”, disse.
Os suspeitos são investigados por crime contra o patrimônio, crime contra as relações de consumo e associação criminosa, com penas que podem chegar aos 13 anos de prisão e multa.