O fenômeno dos jovens que não estudam, não trabalham e não procuram emprego, conhecidos como “nem-nem”, tem se intensificado no Brasil. Segundo dados recentes do Ministério do Trabalho, o número desses jovens cresceu consideravelmente no último ano, ando de 4 milhões no primeiro trimestre de 2023 para 5,4 milhões no mesmo período de 2024.
Este grupo, que engloba indivíduos entre 14 e 24 anos, é composto majoritariamente por mulheres, que representam cerca de 60% do total e muitas delas são mães com filhos pequenos. Além disso, 68% dos jovens “nem-nem” são negros, evidenciando uma disparidade racial significativa.
Quando incluímos os jovens que estão ativamente procurando emprego, mas ainda não encontraram – os chamados desocupados –, o número salta para 8,6 milhões. Este dado alarmante reflete não apenas um desafio socioeconômico, mas também um potencial desperdício de talento e energia que poderia ser direcionado para o desenvolvimento do país.
A situação exige uma análise aprofundada das políticas públicas de educação e emprego, bem como estratégias inclusivas que possam reverter essa tendência preocupante. O futuro do Brasil depende da capacidade de integrar esses jovens na sociedade, oferecendo-lhes oportunidades de educação e trabalho dignos.