O Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica, não está fora de perigo, conforme informou sua equipe médica em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025, no Hospital Policlínico Gemelli, em Roma. Internado desde o dia 14 de fevereiro devido a uma bronquite que evoluiu para uma pneumonia bilateral, o pontífice de 88 anos completa uma semana sob cuidados intensivos.
A atualização sobre seu estado de saúde foi divulgada por Sergio Alfieri, diretor do departamento médico-cirúrgico do hospital, e Luigi Carbone, médico de referência do Vaticano. Segundo os profissionais, embora Francisco não corra risco iminente de morte, sua condição ainda inspira cuidados devido à gravidade da infecção polimicrobiana que afeta ambos os pulmões. A internação prolongada, que deve se estender por pelo menos mais uma semana, reflete a cautela necessária para tratar um paciente com a idade e a fragilidade do Papa. O comunicado foi motivado pelo desejo de transparência expresso pelo próprio pontífice, que, mesmo doente, mantém o bom humor e segue atividades leves, como leituras e orações na capela do hospital.
Detalhes do Quadro Clínico
A internação do Papa Francisco começou na semana ada, quando ele apresentou dificuldades respiratórias persistentes, inicialmente diagnosticadas como bronquite. Após exames mais detalhados, como uma tomografia computadorizada, os médicos identificaram uma pneumonia bilateral, caracterizada pela infecção em ambos os pulmões, causada por uma combinação de vírus, bactérias e fungos. Sergio Alfieri destacou que a infecção é “importante” e envolve “muitos micróbios”, o que torna o quadro delicado, especialmente para um idoso de 88 anos. Apesar disso, o Papa não apresenta sepse, uma complicação grave que ocorre quando os microrganismos entram na corrente sanguínea, algo que os médicos monitoram de perto.
Nos últimos dias, houve sinais de melhora, como a ausência de febre e a estabilidade nos parâmetros hemodinâmicos, mas a equipe enfatizou que o tratamento exige tempo e paciência. Francisco, que já teve parte de um pulmão removida na juventude devido a uma pleurisia, é considerado um paciente resiliente, mas sua agenda intensa como líder espiritual de milhões de católicos pode ter contribuído para o agravamento de sua saúde nos últimos anos.
