Com uma redução significativa de 216 mil para cerca de 186 mil votos no quociente eleitoral de Mato Grosso, as eleições de 2026 prometem um novo cenário político que pode beneficiar partidos menores na corrida pela Câmara Federal. Essa alteração, conforme realçado pelo advogado especializado em direito eleitoral, Carlos Hayashida, deve fomentar a formação de novas federações partidárias e aumentar a competitividade entre as siglas.
A modificação resulta do aumento no número de cadeiras federais destinadas ao estado, o que, segundo Hayashida, impacta diretamente as estratégias eleitorais. “A redução do quociente pode facilitar a entrada de partidos menores, ampliando a competitividade”, destaca o advogado, apontando para uma potencial revitalização do quadro político regional.
Além de possibilitar uma maior inclusão, a mudança também tende a estimular fusões entre partidos e a criação de federações, formas essenciais de garantir a sobrevivência política das pequenas legendas frente à cláusula de barreira. “A disputa mais acirrada estimula estas ações, essenciais para a sobrevivência política”, explica Hayashida.
Entretanto, o advogado adverte que o projeto ainda tramita no Senado, e reforça a importância de discussões públicas para assegurar que as transformações aconteçam de maneira transparente e comprometida com os gastos públicos e a democracia. “Garantir que estas mudanças sejam realizadas de forma clara e com responsabilidade é crucial para manter a confiança do eleitorado”, conclui.
Este novo cenário pode trazer uma representação mais ampla para os cidadãos de Mato Grosso, incentivando um debate político mais inclusivo e dinâmico nas próximas eleições.