BRASÍLIA – O pacote de cortes de gastos proposto nesta quinta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê alterações em algumas das principais políticas sociais do governo Luiz Inácio Lula da Silva, como a valorização do salário mínimo. Além disso, altera regras de benefícios para pessoas de baixa renda.
Sob pressão de um ajuste fiscal pelo mercado, o governo federal espera economizar mais de R$ 71,9 bilhões até 2026 e R$ 327 bilhões até 2030 com o conjunto de medidas. Porém, o plano precisa ar pelo Congresso Nacional.
Veja o que muda em políticas sociais com o pacote:
Salário mínimo
Como é hoje: reajuste pela inflação do ano anterior somada com o crescimento do PIB dos dois anos anteriores
O que muda: enquadra o reajuste aos limites do arcabouço fiscal, que limita o crescimento de despesas a 2,5% acima da inflação
Abono salarial
Como é hoje: até um salário mínimo a mais (R$ 1.412) pago a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos
O que muda: fixa a renda para ar o benefício em R$ 2.640 e corrigido pela inflação até chegar a 1,5 salário mínimo em 2035
Bolsa Família
O que muda:
Inscrição ou atualização de famílias formadas por uma pessoa deve ser feita no domicílio
Atualização obrigatória para cadastros desatualizados há 24 meses e biometria obrigatória para inscrição e atualização cadastral
Restrição para municípios com percentual de famílias unipessoais acima do disposto em regulamento
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
Benefício destinado a idosos que não têm direito à aposentadoria e a pessoas com deficiência que não possuem renda fixa
O que muda:
- Vedação de dedução de renda não prevista em lei
- am a contar para o: renda de cônjuge e companheiro não coabitante e renda de irmãos, filhos e enteados (não apenas solteiros) coabitantes
- Atualização obrigatória para cadastros desatualizados há mais de 24 meses e biometria obrigatória para novos benefícios e atualizações cadastrais
- Em uma mesma família, a renda de um benefício volta a contar para o a outro benefício
Fonte: O Tempo