Elizabeth Campos Cardoso, de 55 anos, que ficou presa por sete dias na França, após ter o aporte apreendido, disse que viveu momentos de terror durante a prisão. Ela pretendia ar dois dias no país para visitar amigos, mas foi barrada por policiais, que alegavam que o nome dela estaria em uma lista da Interpol.
Segundo a brasileira, o que “seria um sonho virou um pesadelo”. A turista contou que ficou 9 horas em uma sala do aeroporto, sem falar com ninguém, e chegou a desmaiar por não conseguir se alimentar. Ela teria recebido apenas lanches que não costuma ingerir.
“Quando cheguei no Brasil, parecia que eu renasci. A partir do momento que aquele voo saiu do país, eu entrei em choro, não conseguia me conter, de emoção, de ter conseguido sair das garras daquelas pessoas”, contou.
A turista só voltou para casa quando desembarcou no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, no domingo (28). Em um vídeo registrado por familiares, Elizabeth chorou ao abraçar a filha, Karoline Cardoso, e o cãozinho Romeo.
Elizabeth ainda relatou que, quando pode ir embora do país, os responsáveis por levá-la ao aeroporto se atrasaram e, com isso, ela perdeu o voo novamente.
“Em nenhum momento aconteceu um pedido de desculpa, nenhum esclarecimento, só me falaram para comprar a agem de volta ao Brasil. Comprei a agem, voltei para Cruz Vermelha, só ia embarcar no outro dia. Permaneci presa, monitorada. No dia seguinte, eles me levaram ao aeroporto, atrasadíssima, me fizeram perder o voo”, desabafou.
A cuiabana também pede por justiça, e espera que isso não volte a acontecer com outras pessoas que desejam realizar o sonho de conhecer outro país.
“O consulado brasileiro, em nenhum momento, fez nada a meu favor. A partir do 5° dia que o rapaz do consulado, extremamente grosso, fez contato comigo. […] Espero que as autoridades façam alguma coisa por nós, pelo povo brasileiro”, disse.