O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, preso por envolvimento na morte de dois idosos, após invasão a uma casa em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, em abril.
O pedido de liminar de habeas corpus foi negado pelo vice-presidente do STJ, ministro Og Fernandes. Na decisão, o ministro ressaltou que o tribunal justificou corretamente os motivos da prisão e destacou que uma análise mais aprofundada será feita pelo órgão competente no julgamento definitivo do recurso.
A defesa de Bruno argumentou que os requisitos que autorizam a medida extrema de prisão preventiva não estavam presentes, mas segundo o ministro, a gravidade do crime justifica a prisão preventiva do médico.
“As circunstâncias dos homicídios qualificados atribuídos ao paciente ostentam gravidade concreta, pois, em tese, envoltos de “elevado grau de reprovabilidade”, “brutalidade” e “frieza”, porquanto praticado em momento de descontração das vítimas, na presença de várias pessoas” , diz trecho da decisão.
O STJ também solicitou mais informações sobre o caso ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ-MT) e ao Juízo de primeiro grau. Os autos também serão encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) para a emissão de parecer.