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    Carne acumula inflação de 15,43% em 12 meses, a maior desde a pandemia; economista faz alerta

    O churrasco, tradição brasileira, ficou mais caro em 2024. A inflação das carnes acelerou no acumulado de 12 meses, ando de 8,33% em outubro para 15,43% até novembro, conforme dados do IPCA divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (10). Trata-se do maior aumento desde outubro de 2021 (19,71%).

    Desde setembro, as carnes registram altas anuais consecutivas, após um período de queda de preços entre fevereiro de 2023 e agosto de 2024. Em novembro, a alta foi de 8,02%, o maior salto mensal desde dezembro de 2019 (18,06%).

    Entre os cortes com maior variação no mês, destacam-se:

    • Alcatra: +9,31%
    • Chã de Dentro: +8,57%
    • Contrafilé: +7,83%
    • Costela: +7,83%

    A inflação das carnes também pressionou o grupo de alimentação e bebidas, que subiu 1,55% em novembro.

    Motivos da alta
    A menor oferta de animais para abate, aliada ao aumento das exportações, reduziu a disponibilidade de carne no mercado interno, explica o economista Douglas de Holanda, do The Doug Economist. Além disso, o consumo típico de fim de ano contribui para a elevação dos preços.

    Outro fator é o avanço no preço da arroba do boi gordo, que flerta com máximas nominais históricas, impulsionando o custo da carne bovina no atacado e no varejo. Segundo Holanda, embora boa parte desse aumento já tenha sido reada ao consumidor, o ambiente de consumo aquecido, favorecido pelo desemprego em baixa, mantém a demanda em alta, mesmo com os preços elevados.

    Limites do consumo e alternativas
    Douglas de Holanda avalia que, diante do peso crescente das carnes no orçamento das famílias, certamente não haverá margem na renda média do brasileiro para a compra. Ele alerta que o patamar máximo do comprometimento da renda para esse consumo está muito próximo. Isso pode intensificar o movimento de substituição da carne bovina por alternativas mais baratas, como carne suína, frango e ovos, especialmente em 2025, se a inflação persistir.

    A sinalização para dezembro continua na bandeira vermelha, com expectativa de novos aumentos, impulsionados pela demanda sazonal de fim de ano e pela continuidade da alta nas cotações do boi gordo.

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