Em uma reviravolta que ecoa as práticas de governos anteriores, o atual presidente petista adotou uma postura controversa ao negar o pedido de o à Declaração de Conflito de Interesses (DCI) do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do PSD. A decisão de impor um sigilo de cem anos sobre as informações remete à mesma ferramenta utilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, que foi frequentemente criticada pelo partido petista.
A DCI, um documento essencial para que os ministros demonstrem a inexistência de conflitos de interesse em suas funções, tornou-se o centro de um debate acalorado sobre transparência e ética no governo. O portal UOL, que buscava essas informações para dar continuidade a uma investigação jornalística iniciada no ano anterior, encontrou-se diante de um muro de silêncio. A reportagem em questão revelou que a maior parte do patrimônio de Silveira provinha de empresas não declaradas no Imposto de Renda e na Justiça Eleitoral, levantando questões sobre a integridade do ministro.
Desde que entrou na política em 2006, Silveira viu seu patrimônio aumentar trinta vezes, atingindo a marca impressionante de 79 milhões de reais. Este crescimento exponencial do patrimônio, aliado à recusa em divulgar a DCI, alimenta suspeitas e especulações sobre possíveis conflitos de interesse que poderiam comprometer a imparcialidade de suas decisões enquanto ministro.